Rendimento médio do brasileiro cresce 5,6% nos últimos 4 anos

25/01/07

médio do brasileiro cresce 5,6% nos últimos 4 anos

SÃO PAULO - De 2003 a 2006 o rendimento médio real do brasileiro cresceu em todos os âmbitos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): média, por grupo de atividade e por tipo de emprego.

Conforme dados divulgados nesta quinta-feira pelo instituto, o crescimento médio anual foi de 5,6% no acumulado dos últimos quatro anos (2003 a 2006). Analisando apenas ano passado, essa expansão foi de 4,3% na comparação com 2005, atingindo R$ 1.045,75.

Poder de compra
No entanto, segundo explicaram os técnicos do instituto no documento de divulgação do estudo, mesmo com "a visível recuperação do rendimento da população ocupada nos últimos dois anos, não foi retomado o poder de compra da população em relação ao ano de 2002".

Veja: no segundo semestre de 2006 o rendimento foi menor que o auferido para o mesmo período de 2002 (-6,4%).

Ganho de todos
Segundo a pesquisa, o ano passado resultou em um ganho de poder de compra para todas as categorias.

Enquanto os empregados do setor privado (com e sem carteira de trabalho assinada) tiveram um aumento em torno de 4%, o ganho dos trabalhadores por conta própria aumentou em 5%. Nesse meio tempo, o rendimento dos empregadores teve alta de 2,2%.

Regionalmente, os destaques foram o aumento de 7,2% no rendimento dos trabalhadores sem carteira de trabalho assinada na Região Metropolitana de São Paulo e o aumento de 12,1% na categoria dos trabalhadores por conta própria na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Agrupamentos de atividade
O ano passado resultou em um aumento na renda para todas das sete atividades pesquisadas pelo IBGE.

A categoria que compreende serviços domésticos foi a que apresentou maior crescimento anual de 2005 para 2006 (7,3%). "Podemos afirmar que o aumento do salário mínimo, indexador principal desta categoria, foi o principal responsável por este comportamento", explicaram os técnicos por meio de nota.

Esse crescimento foi de algo em torno de R$ 25. No entanto, em valores monetários, o aumento do grupamento da Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social foi maior: de R$ 70.

Isso porque esse último segmento, mais do de Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, concentram os postos de trabalho com os maiores níveis de rendimento. Dessa maneira, apesar da representatividade não ser tão grande, em relação a valores monetários a ampliação pode ser maior. Para se ter uma idéia, entre os dois últimos anos o crescimento foi de, respectivamente, 5,1% e 2,7%.

O grupamento da Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água também apresentou resultados positivos. O rendimento cresceu 5,8% entre 2005 e 2006. Já o segmento da Construção, que vem apresentando quedas sucessivas no rendimento, apresentou, entre 2005 e 2006, um crescimento de 4,1%.

Rendimento domiciliar
O instituto detalhou ainda que, em nível nacional, o ano passado resultou em um aumento do rendimento médio mensal domiciliar para R$ 1.777,83 (5,5%), tomando como base o ano anterior. Analisando 2003 a 2006, esse crescimento foi de 9,1%.

Por moradores da casa, o rendimento médio mensal foi de R$ 648,46 em 2006, apresentando alta de 6,1% em relação a 2005.

Maior crescimento
Embora esta estimativa na Região Metropolitana de São Paulo fosse a mais alta dentre as regiões pesquisadas e a única superior a dois salários mínimos (R$ 761,60), o maior crescimento anual foi verificado em uma região metropolitana nordestina (Recife, 10,8%).

Apesar do desempenho, foi essa a região que apresentou o menor valor em valores monetários: R$ 411,42.

Fonte: InfoMoney


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