12/01/2007
Investindo sem correr muito risco em 2007: o que fazer com R$ 1.000?
SÃO PAULO - Um novo ano se inicia e com ele a oportunidade de escolher alternativas de investimento que permitam encerrar 2007 com a carteira um pouco mais gorda. Ainda que não seja muito, alguma sobra de seu 13º salário e economias feitas durante o ano passado podem ter lhe rendido uma quantia extra para aplicar, digamos R$ 1.000.
Para o pequeno investidor que não deseja correr grandes riscos no mercado de ações ou cambial, há três alternativas básicas: colocar seu dinheiro em um fundo referenciado DI, aplicar na tradicional caderneta de poupança ou comprar títulos do Governo por meio do Tesouro Direto.
Qual delas apresenta-se como a opção mais adequada para terminar o ano com um pouco mais de dinheiro? A análise de comportamento recente destas três aplicações pode render conclusões importantes a respeito do que fazer com suas economias.
Fundos DI: na lanterna
Em linhas gerais, os fundos referenciados DI vêm se mostrando como a alternativa menos rentável para o pequeno investidor. Isso acontece porque, neste segmento, as taxas de administração cobradas são bastante altas.
Considerando os fundos mais populares dos três maiores bancos brasileiros, o retorno médio bruto oferecido por esta categoria de fundos no mês de dezembro foi de 0,71%. Supondo que o cotista deixará seu dinheiro por um período superior a seis meses e inferior a um ano, incide-se uma alíquota de Imposto de Renda de 20% sobre os ganhos de um fundo DI.
Desta forma, a rentabilidade líquida mensal desta aplicação foi de 0,568%. Ou seja, se o investidor tivesse destinado R$ 1.000,00 a um fundo referenciado DI no início de dezembro, teria, ao final do mês passado, R$ 1.005,68.
Poupança: ressurgindo das cinzas
Enquanto isso, tida como uma aplicação atraente somente para os investidores excessivamente conservadores, a poupança já oferece uma rentabilidade maior do que os fundos DI, quando cifras pequenas são investidas. É sempre importante lembrar que na análise só estão sendo considerados os fundos referenciados DI dos três maiores bancos brasileiros, de forma que exceções à afirmação acima podem existir.
Em média, aqueles que investem na tradicional caderneta vêm apurando retorno mensal próximo a 0,65%. Este ganho é líquido ao investidor, visto que sobre aplicações em poupança não incide IR. Aplicando R$ 1.000,00 na poupança, um mês depois o investidor teria R$ 1.006,50, aproximadamente.
Tesouro Direto: no topo do pódio
Mas a alternativa mais interessante, neste caso, é financiar de forma direta a dívida do Governo Federal. Através do Tesouro Direto, o investidor pode comprar títulos públicos, livrando-se das taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento.
Uma das opções são as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), título pós-fixado e atrelado à taxa Selic. Admitindo o período de 30 dias encerrado em 10 de janeiro, as LFTs com vencimento em 18 de junho de 2008 - de prazo curto - ofereceram rentabilidade bruta de 0,96%.
Sobre o Tesouro Direto, são cobradas uma taxa anual de custódia de 0,4% pela CBLC e uma de serviço de aproximadamente 0,5% ao ano - foi considerada a taxa cobrada pelo Banco do Brasil, líder no ranking do Tesouro Direto. Supondo um prazo de investimento maior do que seis meses e inferior a um ano, também incide uma alíquota de 20% de IR.
Feitas estas deduções, a rentabilidade líquida mensal foi de cerca de 0,693%. Em outras palavras, se tivesse adquirido uma LFT em meados de dezembro pelo valor de R$ 1.000,00, o investidor teria R$ 1.006,93 no dia 10 de janeiro - o maior valor entre as aplicações aqui analisadas.
Atenção à trajetória da Selic
Embora a diferença entre as três formas de investimentos possa não parecer tão significativa, é clara a vantagem do Tesouro Direto frente às demais aplicações, principalmente levando em conta que em períodos mais longos ela tende a crescer.
Algumas ponderações, no entanto, devem ser feitas. A taxa Selic deve continuar caindo ao longo de 2007, o que pode prejudicar os investimentos a ela atrelados, como os fundos DI e as LFTs.
Desta forma, a poupança pode se tornar um pouco mais atrativa em termos relativos, já que sua rentabilidade é definida a partir da TR (Taxa Referencial), não tendo vínculos diretos com a Selic.
Fonte: InfoMoney
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